sábado, 28 de junho de 2014

Comentário sobre o "Manual Machista e homofóbico distribuído pela SEEDUC"

Analisando o conteúdo do referido manual percebo que em alguns pontos foi preconceituoso e discriminatório, pois se a intenção era conscientizar os profissionais de educação sobre a atual construção sociocultural da identidade sexual em que a sociedade está querendo impor também em nossas escolas, eles não conseguiram.
Por outro lado, percebemos que a concepção de família que temos com o passar do tempo esta se perdendo, uma camada da sociedade começa a nos manipular com o discurso de que “é natural”, “somos todos iguais”, querendo a todo o momento a aceitação de todos ao homossexualismo e como educadora vejo que essa posição pode a vir a confundir a cabeça de nossas escolas, pois está nos dando outra concepção de família eu costumamos a ter.

Outro ponto do manual em que vem trazendo a mulher como tendo sua principal função a de reproduzir, também concordo por haver ela sido criado para essa função, se não a fosse o homem deveria ter o órgão reprodutor e não é assim....Também trás como negativo o método do aborto e a contracepção. O método do aborto eu também condeno independente da situação ou motivo, pois não temos direito algum de tirar a vida de um ser que ainda se forma dentro de nosso ventre, já o método de contracepção me vejo contra, pois no mundo em que vivemos onde o custo de vida é bem elevado é difícil ter mais que três filhos para educar, alimentar, etc....

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Manual machista e homofóbico distribuído pela SEEDUC










Vemos claramente o apoio do Governo do Estado à homofobia, ao conservadorismo, ao padrão de comportamento dominante vinculado aos costumes da Igreja Católica. No conteúdo do manual é informado que a sociedade construiu um novo modelo de família e que foge do padrão de "normalidade" que sempre foi imposta na sociedade enraizada com preceitos religiosos, sendo o homem e a mulher o padrão de casal e o relacionamento com o intuito de reprodução, assim como retratado por Foucault, "o casal (heterossexual), legítimo e procriador... impõe-se como modelo, faz reinar a norma". (A história da Sexualidade, pág.09) e ainda segundo Foucault, no século XVIII a procura de prazer ou relações que fugiam da "norma", do "padrão", eram condenados e vistos como "contra a natureza" ou "contra a lei" e foram considerados considerados também como "doentes mentais" e anos depois considerados como "espécie".
O manual traz também um conteúdo machista, pois traz a mulher como tendo sua principal função a reprodução e traz à tona o negativismo referente ao aborto e contracepção. A citação da mulher como sendo auxiliar do homem, retira claramente a mulher como pessoa capaz, autônoma e coloca a mulher como sendo subalterna ao homem.
A primeira imagem mostrada no texto acima e que compõe o manual, mostra a orientação sexual como opção, escolha e que pode ser mudada a qualquer momento. Porém, na verdade, segundo estudos, a orientação sexual não é uma escolha e sim é algo que se desperta de forma involuntária, portanto, não é uma opção. Essa imagem desrespeita o processo humano e subjetivo do indivíduo.
Na segunda e terceira imagens, traz a ideia de que a sociedade vem estipulando e influenciando o gênero e a orientação sexual do indivíduo indo de encontro com o padrão normativo e "correto", o biológico que constitui as características daquele gênero.
Este manual que tinha o foco sua distribuição aos professores de Ensino Religioso para ser aplicado no âmbito da educação básica, torna a escola "repressora e excludente", pois acaba legitimando um saber como o correto, não levando em consideração a pluralidade dos indivíduos e conforme citado por Antônio Pinheiro, "a formação de um pensamento crítico, da cidadania e o respeito pelas particularidades de cada pessoa é deixada de lado" por essa postura imposta pela SEEDUC. 
Onde está a inclusão e a nova percepção de mundo que deve compor o processo pedagógico no âmbito de nossas escolas?